Vazio 1
Davi Marcos, 2016
Impressão fotográfica sobre PVC.
Em colaboração com Ana Paula Oliveira.
Vazio 2
Davi Marcos, 2016
Impressão fotográfica sobre PVC.
Em colaboração com Deize Carvalho.
Vazio
Vazio é uma tentativa de captar numa imagem o vazio das pessoas que ficam.
O projeto, ainda em processo, se inicia durante a residência ComPosições Políticas com duas primeiras fotografias realizadas em estreita colaboração com familiares de vítimas da violência de estado no Rio de Janiero.
O primeiro trabalho foi realizado em colaboração com Ana Paula Oliveira mãe de Jonathan de 19 anos, assassinado por PMs da UPP de Manguinhos com um tiro nas costas em 2014. O segundo em colaboração com Deize Carvalho mãe de Andreu que foi brutalmente torturado e assassinado morto aos 17 anos, nas dependências do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) em 2008.
"Davi fotografa as mães, marca a presença pela ausência nas fotos dos que sobreviveram, a ausência preenche as fotografias com um peso asfixiante, um silêncio absoluto mas carregado de dor e esperas impossíveis, um silêncio cheio de falas." Marisa Flórido
O Coro Canta
Davi Marcos, 2016
Instalação Sonora
A instalação sonora de Davi Marcos traz para o espaço da galeria uma questão que atravessa a vida de muitos moradores das cidades grandes do Brasil: os constantes tiroteios em favelas e espaços populares, recortados e montados em um único áudio que dispara, no intervalo de quinze minutos, um tiroteio que dura um minuto e meio de duração. São dez conflitos armados registrados por populares em vídeo, extraídos do youtube.
Davi
Davi Marcos é fotógrafo e videomaker, mora na favela Maré e estuda História da Arte na UFRJ. Participou de exposições na Aliança Francesa, Instituto Pretos Novos, Parque Lage, Palácio do Planalto, CCBB, Caixa Cultural, SESC, Canning House, teve fotos publicadas na revista Afroreggae, jornal Expressso, Revista do IDEC, Revista de domingo de O Globo, revista Global e revista AntiLipseis - issue #20 Trasportation 2009 esta gerando uma participação em exposição na Grécia. Trabalhou no longa metragem 5X Favela, ajudando na elaboração do roteiro e também como fotógrafo still. Foi instrutor de fotografia do projeto Memórias do PAC em Manguinhos, do Projeto Rebelião Cultural nos presídios de Bangu 2, 3, 4 e Talavera Bruce, assim como no DEGASE, que originou a exposição Sonhos Velados, na Casa de Cultura Laura Alvim, dentre outros trabalhos e exposições.
"Desenvolvo meu trabalho sempre pensando em como contribuir para as muitas questões sociais atuais, em geral como contraponto da forma massificada, estereotipada e deturpada, com que a favela e os demais espaços populares são mostrados."
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Vídeo Embarreirando – Sobre as barreiras “acústicas” da Maré